O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), anunciou nesta segunda-feira (6) uma medida urgente diante da crise hídrica que assola a cidade: o racionamento de água. Com o desligamento de uma estação de tratamento durante a tarde, cerca de 85% da população enfrenta problemas de abastecimento, conforme informações do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Essa ação se dá em um contexto de fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde 29 de abril, causando já o lamentável registro de 85 mortos.
Das seis estações de tratamento do departamento, cinco estão fora de operação. A única em funcionamento é a ETA Belém Novo, operando com capacidade reduzida. O cenário é crítico, e os efeitos são sentidos em diversos bairros da cidade, com interrupções significativas no abastecimento de água.
Impacto nos Bairros e Medidas Adotadas:
- ETA Menino Deus: Bairros afetados incluem uma vasta gama, como Agronomia, Cidade Baixa, Petrópolis, e mais. A estação está alagada, com a energia desligada, contribuindo para a falta de abastecimento.
- ETA Moinhos de Vento: Bairros como Auxiliadora, Bom Fim e Moinhos de Vento são impactados devido às condições alagadas da estação.
- ETA Tristeza e São João: Bairros como Ipanema, Pedra Redonda, Jardim Planalto e Costa e Silva estão entre os afetados pelas estações alagadas, evidenciando a extensão do problema.
- ETA Ilhas: A comunidade do Arquipélago é diretamente afetada pela situação, destacando a abrangência geográfica do racionamento.
Diante desse cenário desafiador, o Executivo municipal decretou no Diário Oficial de Porto Alegre que a água distribuída na cidade deve ser exclusivamente destinada ao “abastecimento” e “consumo essencial”. Isso implica na necessidade de a população adotar medidas de economia e consciência no uso da água.
Apelo à Consciência Coletiva:
O prefeito Melo ressaltou a gravidade da situação, classificando-a como um “desastre natural sem precedentes” na região. Ele enfatizou a importância da colaboração de todos os cidadãos, destacando que o processo de restabelecimento do abastecimento demandará tempo e esforço conjunto.
Como medida emergencial, a prefeitura anunciou o abastecimento da capital por meio de caminhões-pipa em pontos estratégicos da cidade. Melo reconheceu as limitações logísticas e pediu compreensão à população diante da dificuldade em atender a demanda em curto prazo.
A crise hídrica em Porto Alegre é um lembrete contundente da fragilidade dos recursos naturais e da necessidade de políticas de gestão e conservação eficazes. Em momentos como este, a união e solidariedade da comunidade são fundamentais para enfrentar os desafios e buscar soluções sustentáveis para o futuro.
Nossos pensamentos estão com todos os afetados por essa situação, e esperamos que medidas adequadas sejam tomadas para mitigar os impactos e garantir o bem-estar de todos os cidadãos de Porto Alegre.